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O Retorno de Caio Couto e a Busca pela Retomada do Brilho no Futebol Feminino do Santos

Por Redação FutSantos em 03/10/2024 07:59

A Missão de Recomeçar: Caio Couto e a Reconstrução do Futebol Feminino do Santos

Após um ano marcado por instabilidade e culminando com o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, o Santos Futebol Clube busca recomeçar no futebol feminino. A esperança da torcida santista reside no retorno de Caio Couto, técnico campeão brasileiro em 2017 e figura crucial na reconstrução das Sereias da Vila em 2015, quando a categoria havia sido desativada três anos antes.

A equipe foi reforçada com a chegada de cinco jogadoras: Day Silva, Fabiana Yanten, Nathane, Rafa Martins e Yami Rodriguez. A estreia de Caio Couto no comando das Sereias da Vila será no Campeonato Paulista Feminino, em um confronto contra o São Paulo.

A Conmebol Libertadores Feminina surge como um palco crucial para a reconstrução do futebol feminino do Santos . As Sereias da Vila já conquistaram dois títulos e um vice-campeonato na competição continental, e a expectativa é de que o time seja competitivo e busque o título.

A Busca pela Identidade Perdida: Caio Couto Analisa o Desafio

Caio Couto reconhece a necessidade de o Santos reencontrar sua identidade. O rebaixamento para a Série B foi um golpe duro, e a prioridade do treinador é a montagem de um elenco equilibrado e qualificado.

?O Santos está numa busca por uma identidade. Ele perdeu sua identidade e está precisando se reencontrar. Pagou o maior preço que foi o rebaixamento para a Série B. O número um e mais importante para o futebol é a montagem do elenco . É o marco zero. Você conseguir montar um elenco equilibrado, com jogadoras qualificadas em diversas posições, polivalentes, haja visto que o Santos não tem o melhor, mas um bom orçamento?, destaca o técnico.

Para Caio Couto, a perda de identidade do Santos no futebol feminino é um problema que se arrasta há algum tempo. ?Tem que saber utilizar o que você tem da melhor maneira possível. Quando você, de repente, não tem uma boa montagem de elenco e você perde a identidade, deixa ter processos internos, coisa que são importantes no dia a dia, tudo fica mais difícil de acontecer. O resultado de campo é o estopim de todo o resto que possa ter acontecido nos bastidores?, analisa.

A Libertadores como Ponto de Partida: Caio Couto Projeta o Futuro

A Libertadores servirá como um termômetro para Caio Couto avaliar o elenco e traçar planos para a próxima temporada. O técnico busca um time forte, com características que se encaixem no estilo de jogo que deseja implementar.

?Independente do calendário de 2025 nós precisamos de um elenco forte, com atletas com características que vai ao encontro ao modelo de jogo que desejamos implantar. Desejamos implantar o que é a cultura de futebol do Santos . Não posso chegar e fazer algo que não vai de encontro ao que a diretoria e torcedor esperam. Meu trabalho é mapear o elenco , buscar na base, ir ao mercado e trazer atletas com características de modelo de jogo do Santos. Um futebol alegre, leve, propositivo, com atletas capacitadas em todos os setores do campo. Que tenham atletas com capacidade de um contra um. Isso é o Santos Futebol Clube. Essa é a missão. Tem o curto e médio prazo, que é pensar um elenco que tenha as características do Santos para conseguirmos ser mais competitivos para 2025. Um elenco mais a ver com o Santos e ideias fundamentadas com tempo de trabalho?, explica Caio Couto.

Os Ecos da Crise e a Necessidade de Reconstrução

Caio Couto evita se aprofundar na crise que o futebol feminino do Santos enfrentou antes da sua chegada, marcada por quatro treinadores em apenas uma temporada. No entanto, o treinador reconhece que a perda de protagonismo do Santos no futebol feminino é um problema mais profundo, que teve início na gestão de José Carlos Peres.

?O grande erro foi o corte lá atrás. Eu poderia sair do processo, mas o importante era, quem chegasse, continuar o processo da forma que vinha. Existia um modelo de jogo implementado, um início de categoria de base. Naquela oportunidade tínhamos diversas atletas sub-17 no elenco profissional. Uma delas está aqui, que é a Carla, que voltou. Mas tínhamos a Angelina (do Orlando Pride), que brilhou no Palmeiras, Jaqueline e Nicole Ramos, que estão no Corinthians. Algumas que faziam parte do elenco campeão brasileiro. Estavam inseridas no modelo. Eram jogadoras do Santos , baratas e que não foram utilizadas aqui. Jogadoras com mais idade daquela equipe, que estavam saindo, dariam espaço para essas atletas?, destaca Caio Couto.

Para Caio Couto, a quebra do processo de formação iniciado na sua primeira passagem pelo clube foi um erro crucial que teve consequências negativas para o futebol feminino do Santos .

?Independente dos profissionais, já tinha uma linha de trabalho. Era mais inteligente continuar a linha de trabalho. Citei alguns exemplos de jogadoras que brilham pelo Brasil, que poderiam ter brilhado no Santos em outras temporadas, o Santos teria sido campeão e teríamos uma base na Baixada Santista há muito tempo. Coisa que, agora, é recente. Estaria sendo alimentado, com esse modelo de jogo implementado nas categorias de base e teríamos uma linha de formação. Assim como tem a categoria de base masculina, nós teríamos a categoria de base feminina servindo a equipe profissional. O grande erro da instituição Santos Futebol Clube foi lá atrás essa quebra, que faz com que o Santos , mais uma vez, tenha que se reconstruir?, conclui Caio Couto.

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