O Capitão da Seleção Brasileira: Danilo e o Futuro da Equipe

A Importância da Humanização

Para Danilo, humanizar o futebol é fundamental para criar uma conexão com o povo brasileiro. "A gente tem a mania de falar muito generalizado as coisas", afirma. "Eu acho que é muito importante humanizar, falar de forma direta, mandar mensagens diretas, porque realmente toca muito mais quem está ouvindo." O lateral também destaca a necessidade de aproximar a seleção dos torcedores. "Muitas vezes a gente dá muito a impressão de que a nossa vida é muito distante daquilo que é a realidade do povo brasileiro", diz. "Então esse é o nosso papel: aproximar de alguma maneira, humanizando muito mais aquilo que é a nossa parte."

O Papel dos Jogadores como Formadores de Opinião

Danilo acredita que os jogadores de futebol têm um papel importante como formadores de opinião. "Nós somos influências para muita gente, nós somos espelho para muita gente", afirma. No entanto, ele ressalta que é essencial ter conhecimento antes de se posicionar sobre um assunto. "Não só jogadores de futebol, mas também outros influenciadores devem falar, se posicionar e influenciar outras pessoas desde que saibam o que estão falando."

O Futuro da Seleção

Apesar de ter mais um ano de contrato com a Juventus, Danilo já planeja o seu futuro. "Se em algum momento eu falar 'quero voltar para o Brasil', tem duas prioridades: Flamengo e Santos ", revela. O lateral também fala sobre a próxima Copa América e o sonho de conquistar um título relevante com a Seleção. "Claro que a Copa do Mundo, a Copa América, agora que é o nosso principal objetivo, para mim seria muito importante e gratificante por estar investindo tanto tempo e tanta energia nisso", afirma. "Mas eu já fico muito satisfeito com aquilo que eu desenvolvo diariamente, com a história que eu vou poder contar para os meus filhos."

Liderança e Responsabilidade

Para Danilo, ser capitão da Seleção Brasileira é uma "realização de um sonho", mas também uma "responsabilidade". "Quando você veste a braçadeira de capitão da seleção mais importante do mundo, como acontece comigo também na Juventus já há algum tempo, eu acho que é um tema de responsabilidade", afirma. O lateral destaca que a liderança envolve mais do que apenas usar a braçadeira. "É você dedicar seu tempo e energia muitas vezes em prol dos companheiros, em prol do bem da equipe", explica. "O que te tira muitas vezes um momento que poderia ser só seu, um momento que poderia ser específico pro seu descanso, pra você estar tranquilo."

O Estilo de Jogo e a Adaptação

Com Dorival Júnior como técnico, os laterais da Seleção têm sido solicitados a participar mais ofensivamente. Danilo fala sobre a adaptação a esse novo estilo de jogo. "O Dorival é um treinador que eu gosto muito daquilo que ele pensa, porque ele não é engessado numa forma de jogar dentro da partida", afirma. "De acordo com aquilo que o adversário te oferece, é aquilo que a gente tem que fazer os movimentos de uma maneira ou de outra." O lateral também destaca a importância da versatilidade. "Dentro do grupo a gente tem características que possam ser mudadas durante um jogo e que a gente possa surpreender de alguma maneira", diz. "Até porque, hoje em dia, com todos os vídeos e tudo isso, as equipes dos adversários se preparam muito bem."

O Clima na Seleção

Apesar de admitir que a equipe está passando por um momento de transição, Danilo afirma que o clima na Seleção é leve. "Eu acho que o clima quase sempre foi legal dentro da seleção brasileira", diz. "Mas o clima fica legal de verdade quando você vence." O lateral também destaca a importância de saber lidar com as emoções. "A gente tem que aprender a lidar com isso, eu tenho tentado falar diariamente para que a gente não sofra por uma felicidade em excesso, digamos assim", afirma.

O Legado da Seleção

Danilo fala sobre a importância de resgatar o orgulho e a conexão entre o povo e a Seleção Brasileira. "Nós temos entrado muito em acordo com isso, para poder fazer com que as pessoas se sintam próximas de nós", afirma. O lateral também ressalta que é preciso humanizar a equipe para criar essa conexão. "Falta isso da seleção brasileira, eu venho falando isso há algum tempo", diz. "A gente tem uma história que se parece com a história do brasileiro mediano, digamos assim, do brasileiro comum, que de comum não tem nada."

O Futuro do Futebol Brasileiro

Danilo acredita que o futebol brasileiro precisa evoluir. "A comparação, já dizia o mestre Augusto Cury, é ladrão da felicidade", afirma. "Toda vez que a gente começar a comparar, sempre vai faltar alguma coisa, sempre vai ter algo que não vai estar bom." O lateral destaca que é importante que os jogadores e a Seleção Brasileira se concentrem no presente e trabalhem para melhorar. "Eu acho que a gente tem que tentar ser justos e honestos com nós mesmos, não ser refém das circunstâncias", diz. "E andar numa linha em que a gente possa ser equilibrado com os nossos julgamentos, com aquilo que a gente tem feito, com aquilo que a gente precisa evoluir ainda e seguir nesse caminho."