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Ex-Preparador de Goleiros do Santos Revela Bastidores de Demissão e Visão Sobre o Futuro do Clube
Por Redação FutSantos em 05/04/2025 08:11
Demissão Surpreendente e a Reestruturação no Santos
A trajetória de Sebastião Martins Oliveira Júnior, conhecido como Arzul ou Caboba, no Santos Futebol Clube, chegou a um abrupto fim em janeiro. Após 28 anos dedicados ao Peixe, os últimos 14 como preparador de goleiros do time principal, Arzul foi desligado em meio a uma reestruturação que atingiu diversos membros da comissão técnica. A notícia, segundo ele, foi recebida com surpresa, pois o clube havia programado a pré-temporada nos Estados Unidos e ele estava em processo de renovação do visto.
Arzul detalha o momento da demissão: "Nós iríamos nos apresentar para ir aos Estados Unidos. Fui renovar o visto no dia 27 de dezembro. Recebi o comunicado da necessidade da renovação. Pensei: 'estou dentro'. Por isso, me pegou de surpresa. No dia 3 (de janeiro), o CEO (Pedro Martins) chegou e disse que, infelizmente, iriam me desligar. Perguntei o que aconteceu. Mas ele disse que estava ali para fazer o desligamento. Falei que tudo bem."
Apesar da surpresa e da mágoa, Arzul expressa gratidão pelo tempo dedicado ao clube e otimismo com o futuro, especialmente com a chegada de Neymar. "Mas sou muito grato ao Santos , às pessoas. Tenho muitos amigos lá dentro. Torço muito para que dê certo. Agora com Neymar, poxa vida, espetacular. Nós vemos o que vai acontecer. Até arrepia. As coisas já estão acontecendo, é diferente. As coisas vão acontecer esportivamente e fora de campo. Vivemos isso também com Diego, Robinho. Vai dar tudo certo."

Críticas à Condução e ao Discurso de Profissionalização
O ex-preparador de goleiros não esconde a decepção com a forma como o Santos conduziu as demissões no início do ano. Ele revela que Pedro Martins, CEO do clube, pediu para que ele não guardasse raiva, admitindo que era a primeira vez que conversavam. Arzul compreende que Martins estava apenas cumprindo ordens, mas lamenta a falta de tato no processo.
?Uma coisa que ele (Pedro Martins) disse foi que estava me conhecendo agora pessoalmente e pediu para não ficar com raiva dele. Disse que não tinha como, que era a primeira vez que conversava com ele. Mas ele estava na incumbência de comunicar (o desligamento). O que vou falar para o cara? Ele não tem nada a ver. Eu digo que foi um consenso (da direção do clube). Fiquei muito chateado pela maneira que foi. Poderia ter sido diferente. Nenhum de nós seremos eternos em um lugar. Somos passageiros, inclusive na vida. Existem formas das coisas acontecerem. Poderia ter sido diferente.?
Arzul também questiona o discurso de profissionalização como justificativa para as demissões, argumentando que essa abordagem desvaloriza aqueles que construíram uma carreira dentro do clube. Para ele, a alegação de que os profissionais da casa estão acomodados é injusta e desconsidera o comprometimento e a identificação que eles têm com o Santos .
O Futuro e a Busca por Novas Oportunidades
Após a demissão, Arzul aguarda por uma nova oportunidade no mercado. Ele acredita que o momento em que ocorreu o desligamento, em janeiro, dificultou a busca por um novo clube, já que a maioria das comissões técnicas já estavam formadas. Apesar disso, ele recebeu sondagens, inclusive de fora do Brasil, e se mostra otimista em relação ao futuro.
?Aconteceram sondagens, mas não coisas concretas porque foi em janeiro. Janeiro já tem todos com as comissões fechadas. Se em 27 de novembro me comunicassem, maravilhoso, sem problema nenhum. Estaria encaixado. Tiveram sondagens de fora do Brasil, de muito longe (risos). Mas eu iria, sem problema nenhum. Esperamos que venha a proposta depois do Mundial (de clubes). Estou descansando, mas não muito (risos).?
Demonstrando seu amor pelo Santos , Arzul não descarta a possibilidade de trabalhar em um rival do Peixe, caso surja a oportunidade. Para ele, o mais importante é dar sequência à sua carreira e garantir o sustento de sua família.
?Aceitaria. Preciso trabalhar. Minha família está agitada. Faz falta. Precisamos trabalhar. Todo mundo precisa. Vieram sondagens sobre situações que poderiam ocorrer, mas já estavam todos encaixados. Em novembro, as coisas estariam acontecendo. Seria mais fácil.?
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