Ex-zagueiro Domingos troca gramados por areias e encontra paixão no futevôlei

De zagueiro "ferrão" a mestre do futevôlei: Domingos encontra paixão nas areias

Domingos, ex-jogador de futebol que ficou marcado por sua força e marcação nos gramados, encontrou no futevôlei uma nova paixão. Revelado pelo Santos e com passagens por clubes como Grêmio e Guarani, o ex-zagueiro, conhecido como o "último zagueiro" por sua intensidade, aposentou-se em 2020 e trocou as chuteiras pelas sandálias para se dedicar ao esporte que exige técnica e precisão.

Em entrevista durante um torneio de futevôlei em Vinhedo, interior de São Paulo, Domingos revelou que o futevôlei se tornou um novo hobby para ele. "Depois de parar de jogar, a gente tenta manter a atividade física. O futebol e o futevôlei são bem diferentes, mas é para rever os amigos e se divertir um pouco. É um esporte muito gostoso. Gosto de fazer. Pratico em Santos todos os dias", disse o ex-jogador .

Domingos: "No futevôlei você precisa ter mais técnica"

Apesar de ter se adaptado ao esporte, Domingos admite que a transição do futebol para o futevôlei não foi fácil. "Eu sempre fui um jogador de muita força e marcação no futebol. No futevôlei você precisa ter mais técnica. Mas quando você joga com alguém que te ensina, te ajuda, fica mais fácil", explicou.

O ex-zagueiro também aproveitou a oportunidade para relembrar uma polêmica com Diego Souza, que marcou sua carreira em 2009. Em um clássico entre Palmeiras e Santos , Domingos, então jogador do Peixe, causou uma confusão com Diego, meia do Verdão na época, e foi expulso apenas 20 segundos após entrar em campo.

Domingos e Diego Souza: de rivais a amigos no futevôlei?

Domingos garante que o episódio ficou no passado e que hoje ele e Diego são amigos. "Eu e o Diego tivemos uma rivalidade entre Palmeiras e Santos , mas já passou. Hoje somos amigos e trocamos ideias. Que sabe a gente faz uma dupla. Quando eu for ao Rio de Janeiro, vou fazer esse convite para ele jogar futevôlei comigo", disse Domingos.

Futevôlei: paixão que une ex-jogadores

Além de Domingos, outros ex-jogadores também se encantaram pelo futevôlei. Rubens Cardoso (ex-Internacional, Santos e Guarani) e Luis Ricardo (ex-Botafogo, São Paulo e Ponte Preta) também participaram do torneio em Vinhedo e destacaram a crescente popularidade do esporte entre ex-atletas.

"O futevôlei já é uma paixão entre os ex-atletas. Muitos estão aderindo. A minha esposa joga comigo. Está virando algo do cotidiano. O futevôlei é bem próximo do que entendemos como futebol. A questão da competitividade, quando a gente para de jogar, ela traz para o futevôlei. Quem não jogou ainda, vai jogar. Quando o ?bichinho? te pica não tem mais volta", comentou Rubens Cardoso.

"É uma tendência. Foge muito do contato físico. Não temos as técnicas necessárias para jogar igual as pessoas esperam. Mas com os treinamentos todos os dias, isso facilita. A tendência vai ser essa: jogadores do campo vir para o futevôlei", completou Luis Ricardo.

Serginho Escadinha: do vôlei para o futevôlei

O torneio em Vinhedo também contou com a participação de ex-atletas de vôlei, como Serginho Escadinha, bicampeão olímpico como líbero da seleção brasileira. Serginho, que conquistou o título da competição, revelou que o futevôlei se tornou uma paixão para ele após a aposentadoria.

"Acho que foi a melhor coisa que fiz na minha aposentadoria (o futevôlei). Praticar qualquer esporte depois de se aposentar é muito bom. O futevôlei virou minha paixão. Eu sempre digo que o vôlei me ajudou em muita coisa, e agora o futevôlei está me resgatando", disse Serginho, autor do ponto do título com um "pingo" de cabeça.

Futevôlei: paixão que vai além dos gramados

O torneio em Vinhedo atraiu cerca de mil pessoas e contou com a participação de quase 300 atletas, entre amadores e profissionais. Na categoria principal, com os grandes nomes da modalidade e premiação de R$ 5 mil, o título ficou com os campeões mundiais Vini e Hiltinho, que venceram Lucas Assis e Borges na decisão.

O futevôlei, que antes era visto como um esporte de praia, se tornou uma paixão que transcende as fronteiras dos gramados e conquista cada vez mais adeptos, especialmente entre ex-atletas que buscam manter a atividade física e reviver a paixão pelo esporte.