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Longos Períodos sem Conquistas: Uma Análise dos Jejunhos nos Estaduais de Futebol

Por Redação FutSantos em 11/01/2025 04:13

A Seca de Títulos no Cenário Estadual: Um Panorama Geral

Os campeonatos estaduais, palco de rivalidades históricas e tradição no futebol brasileiro, muitas vezes são marcados por longos períodos sem conquistas para alguns clubes. Uma análise profunda revela um cenário onde a espera por troféus se torna uma saga para diversas equipes, algumas enfrentando jejuns que se estendem por décadas e até mesmo séculos. Este artigo detalha esses hiatos, com foco nos principais estaduais do país, e nos clubes que disputarão as Séries A e B em 2025.

Os Longos Jejuns nos Campeonatos do Sul

No Rio Grande do Sul, a polarização entre Grêmio e Internacional é evidente, mas o jejum de títulos do Internacional, que perdura desde 2016, se destaca. A perda do heptacampeonato para o Novo Hamburgo em 2017 deu início a uma sequência de conquistas do Grêmio, que em 2025, busca o inédito octacampeonato, feito que outrora pertenceu ao próprio Internacional entre 1969 e 1976. No entanto, o estado gaúcho abriga outros jejuns expressivos. O Caxias, com seu único título em 2000, o Guarany de Bagé, sem conquistar o campeonato há 86 anos, o Pelotas, que aguarda um título há 94 anos, e o Brasil de Pelotas, que enfrenta um jejum centenário de 105 anos, ilustram a dificuldade de algumas equipes em quebrar a hegemonia dos dois grandes clubes.

Em Santa Catarina, o cenário também apresenta longas esperas. O Figueirense, que não vence o estadual desde 2018, e o Joinville, com o último título em 2001, são exemplos de clubes tradicionais que buscam retomar o caminho das conquistas. O Hercílio Luz, por sua vez, vive uma seca ainda mais prolongada, sem levantar a taça desde 1958.

A "Maldição" dos Oito Anos e Outras Secas no Sudeste

O Campeonato Paulista é um dos mais competitivos do país, e o Santos, apesar de ser um clube de grande tradição, amarga um jejum de oito anos, desde 2016. O clube alvinegro bateu na trave em 2024, ao perder a final para o Palmeiras, que se sagrou tricampeão. No entanto, há outros clubes com tempos de espera ainda maiores, como o Bragantino, que conquistou seu único título em 1990, a Inter de Limeira, campeã em 1986, e a Portuguesa, que celebra seu último estadual há 51 anos, em 1973, dividindo o título com o Santos naquele ano.

Jejuns Marcantes no Rio de Janeiro e Minas Gerais

No Rio de Janeiro, o Vasco da Gama, outro gigante do futebol brasileiro, também enfrenta um jejum de oito anos sem conquistas no Campeonato Carioca, desde 2016. A equipe de São Januário não alcança uma final desde 2019. Contudo, o Bangu, com sua última conquista em 1966, vive uma espera ainda maior, com 58 anos sem levantar o troféu do estadual. O clube do subúrbio carioca foi vice-campeão em 1967 e 1985, em uma final controversa contra o Fluminense.

Em Minas Gerais, o América-MG também experimenta um jejum de oito anos, com o último título conquistado em 2016. Enquanto o Atlético-MG busca o hexacampeonato em 2025, o Cruzeiro está há cinco anos sem vencer o estadual. O Villa Nova, por sua vez, possui a maior fila entre os clubes mineiros, amargando 73 anos sem conquistar o título, desde 1951.

O Nordeste e suas Longas Esperas por Títulos

No Campeonato Pernambucano, o Santa Cruz também se encontra em um jejum de oito anos, desde 2016. O clube, que já esteve na Série A do Campeonato Brasileiro, passou por uma grande decadência, chegando a ficar sem divisão nacional em 2024. No entanto, em 2025, o clube retornará a disputar a Série D. Apesar do longo período sem títulos, o Santa Cruz chegou a disputar a final do estadual em 2020, perdendo para o Salgueiro nos pênaltis.

No Baianão, o Vitória encerrou um jejum de seis anos ao conquistar o título em 2024. Contudo, o Colo-Colo de Ilhéus, campeão em 2006, é o clube que está há mais tempo sem levantar a taça entre os participantes da edição de 2025. Já no Campeonato Cearense, a hegemonia de Ceará e Fortaleza é evidente. O Ferroviário, campeão pela última vez em 1995, é o último clube a quebrar essa escrita. Em Goiás, o Vila Nova, com seu último título em 2005, amarga um jejum de 19 anos, enquanto o Goiás não levanta o troféu desde 2018.

Outros Estados e seus Desafios

Nos demais estados, também se observam longos períodos sem conquistas. No Pará, a Tuna Luso não vence o campeonato estadual desde 1988. Em Alagoas, o Murici não conquista o título desde 2010. Já no Mato Grosso, o Operário de Várzea Grande não alcança o primeiro lugar desde 1997. No Amazonas, o São Raimundo não celebra uma conquista desde 2006. Estes dados reforçam a complexidade e a diversidade dos campeonatos estaduais no Brasil, onde a busca por títulos pode se tornar uma longa e árdua jornada.

O levantamento dos jejuns de títulos estaduais revela a complexidade e a diversidade do futebol brasileiro. As longas esperas por conquistas mostram que, no esporte, a paciência e a perseverança são tão importantes quanto o talento e a dedicação. Os clubes mencionados, com suas histórias e tradições, continuam a lutar para quebrar seus jejuns e trazer a alegria de um título aos seus torcedores.

A fila no Campeonato Paulista

Palmeiras: atual tricampeão
São Paulo: 3 anos
Corinthians: 5 anos
Santos: 8 anos
Bragantino: 34 anos
Inter de Limeira: 38 anos
Portuguesa: 51 anos

A fila no Campeonato Carioca

Flamengo: atual campeão
Fluminense: 1 ano
Botafogo: 6 anos
Vasco: 8 anos
Bangu: 58 anos

A fila no Campeonato Gaúcho

Grêmio: atual heptacampeão
Internacional: 8 anos
Caxias: 24 anos
Juventude: 26 anos
Guarany de Bagé: 86 anos
Pelotas: 94 anos
Brasil de Pelotas: 105 anos

A fila no Campeonato Mineiro

Atlético: atual pentacampeão
Cruzeiro: 5 anos
América-MG: 8 anos
Villa Nova: 73 anos

A fila no Campeonato Pernambucano

Sport: atual bicampeão
Náutico: 2 anos
Santa Cruz: 8 anos

A fila no Campeonato Baiano

Vitória: atual campeão
Bahia: 1 ano
Atlético de Alagoinhas: 2 anos
Colo Colo de Ilhéus: 18 anos

A fila no Campeonato Cearense

Ceará: atual campeão
Fortaleza: 1 ano
Ferroviário: 29 anos

A fila no Campeonato Catarinense

Criciúma: atual bicampeão
Brusque: 2 anos
Avaí: 3 anos
Chapecoense: 4 anos
Figueirense: 6 anos
Joinville: 23 anos
Hercílio Luz: 66 anos

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