Marcelo Teixeira questiona rebaixamento no Brasileirão e busca apoio

Rebaixamento no Brasileirão: Uma Análise Crítica

O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, expressou forte discordância em relação ao atual sistema de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, no qual quatro equipes são relegadas à segunda divisão ao final de cada temporada. Ele classificou tal critério como "injusto", demonstrando preocupação com a fragilidade que grandes clubes enfrentam diante desse modelo.

Teixeira, que recentemente celebrou o retorno do Peixe à elite do futebol nacional, revelou que tem buscado diálogo com outros dirigentes para discutir essa questão. "Liguei para o presidente da Federação Paulista, Reinaldo Carneiro Bastos, para o Julio Casares (presidente do São Paulo), Augusto Melo (Corinthians), nessa situação envolvendo os critérios de descenso do Brasileirão. Acredito que é uma regra que precisa ser revista imediatamente", declarou em entrevista ao 'ge'.

A Injustiça do Rebaixamento e o Calendário Brasileiro

O mandatário santista usou como exemplo a situação do Atlético-MG, que mesmo após disputar finais da Libertadores e da Copa do Brasil, correu risco de rebaixamento até a última rodada do campeonato. "Veja um exemplo claro: o Atlético-MG disputou a final da Libertadores e da Copa do Brasil e teve chance até a última rodada de ser rebaixado. Isso não é um problema de gestão, é um problema de calendário. É um problema de uma série de outras situações que refletem na tabela de um campeonato tão importante", argumentou Teixeira, ressaltando que o problema não reside na gestão dos clubes, mas sim em um calendário sobrecarregado e em outras questões que impactam o desempenho das equipes.

O presidente do Santos ainda comentou que, dos presidentes dos rivais paulistas, a única com quem não conseguiu conversar ainda foi Leila Pereira, do Palmeiras. Ele afirma que a ideia de revisão do sistema de rebaixamento foi bem recebida pelos que já tiveram a oportunidade de debater o assunto.

Proposta para um Rebaixamento Mais Justo

Para Teixeira, o atual modelo de rebaixamento não valoriza a tradição e a história dos grandes clubes do futebol brasileiro. "Com o Corinthians e São Paulo eu conversei, a adesão foi imediata. Estou apenas abordando aqui algo que seja possível. Mas quatro clubes hoje descendo do Campeonato Brasileiro é algo de um critério bem ingrato, muito injusto com a tradição e a história dos grandes clubes do futebol brasileiro", enfatizou.

O dirigente santista apresentou sua visão sobre uma forma mais "correta" de definir o rebaixamento. "Acredito que devemos ter uma mudança nesse critério. É tradição, história de clubes brasileiros. Não podemos admitir que um clube dispute, como foi com o Fluminense, nas últimas posições, podendo cair e tendo vencido a Libertadores no ano passado. Por mais que haja composições de bons grupos, você vai priorizar uma competição", explicou, defendendo a necessidade de uma reformulação que considere a história e a importância dos clubes.

Redução no Número de Rebaixados

Teixeira expressou sua convicção de que reduzir o número de rebaixados seria um caminho mais justo. "Não tenho ainda ideia de critérios, mas com certeza acredito que o mais correto seria rebaixar apenas dois. No Conselho Técnico, aventou-se a possibilidade de serem três rebaixados. Eu acho que, se fossem três, teria de ter um confronto", concluiu, sugerindo que, caso se mantenha a ideia de três rebaixados, um confronto direto entre os clubes envolvidos seria uma alternativa mais apropriada.