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O ano em que tudo deu errado para o Santos

Por Redação FutSantos em 01/07/2024 14:14

O ano em que tudo deu errado para o Santos. Desclassificado da Copa do Brasil para a temporada seguinte, rebaixado no Campeonato Brasileiro. No que tange ao dinheiro, pelo menos duas grandes dúvidas aparecem. Como é que se chegou a quadro tão ruim? E qual é a consequência? SITUAÇÃO FINANCEIRA: - A situação financeira alvinegra é delicada há anos, com receitas dependentes das vendas de talentos da base, dívidas acima do que deveriam e dificuldades para elevar a folha salarial com sustentabilidade. - Mas o problema mais grave foi, de fato, a ineficácia do departamento de futebol na administração do agora ex-presidente Andrés Rueda. - E os efeitos são perversos. Sem a receita dos direitos de transmissão da Série A, sem as premiações da Copa do Brasil, fontes de faturamento secaram em 2024. As dívidas herdadas por Marcelo Teixeira continuam a ser cobradas por credores, bem como é cobrada a volta para a elite nacional. Receitas e custos: - Em 2023, o faturamento do Santos aumentou e chegou a R$ 407 milhões. Todas as linhas registraram reduções na comparação com o ano anterior, exceto a das transferências de jogadores, que explica a variação positiva. Por não ser recorrente, não chega a ser notícia animadora. - Os gastos com pessoal ? que incluem salários, encargos trabalhistas e direitos de imagem ? aumentaram entre 2022 e 2023, enquanto despesas administrativas do clube dispararam. Na soma de ambos, o Santos teve um custo de R$ 365 milhões durante a temporada. Dívidas e alavancagem: - Em 2023, o endividamento do Santos aumentou para R$ 548 milhões. O valor se divide entre dívidas bancárias (R$ 65 milhões), impostos e acordos (R$ 275 milhões) e dívidas operacionais (R$ 210 milhões), que estão ligadas a compromissos presentes, do próprio ano alvinegro. - O cálculo de Grafietti para a dívida inclui tudo o que deverá ser desembolsado, menos o que está disponível em caixa. Provisões para contingências (para ações judiciais em andamento) podem fazer com que os valores devidos fiquem maiores, em casos de clubes contestados. Geração de caixa e investimentos: - EBITDA: R$ 42 milhões (positivo) - Investimento em base: R$ 12 milhões - Investimento em contratações: R$ 101 milhões - Investimento em infraestrutura: R$ 2 milhões EBITDA é a diferença entre receitas e custos, antes de descontar juros, depreciações e amortizações. Menos complicada do que a sigla faz parecer, ele indica a saúde financeira do negócio. E, no caso do Santos , o número positivo mostra que o ponto de partida é favorável. A situação fica desconfortável ao incluir todo o resto: juros (R$ 22 milhões em 2023), o pagamento das dívidas propriamente ditas, além de investimentos variados. Como o EBITDA não é suficiente, a diretoria antecipou receitas e, mesmo assim, terminou com o saldo no vermelho. @rodrigocapelo

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