Análise Detalhada da Saúde do Elenco Santista em 2024: Uma Temporada de Superação e Desafios

Desempenho Físico do Santos em 2024: Uma Análise Crítica

O Santos Futebol Clube vivenciou uma temporada de contrastes em 2024. Após uma passagem inédita pela Série B do Campeonato Brasileiro, o clube conseguiu se reestruturar, alcançando o vice-campeonato paulista e garantindo o retorno à elite do futebol nacional. Este feito notável foi alcançado sem sobrecarregar excessivamente seus atletas, um fator crucial para o sucesso da equipe.

Em uma análise comparativa com o ano do rebaixamento, o clube demonstrou uma notável melhoria na gestão de lesões. Houve uma diminuição de 41 para 37 no número de lesões que impediram os jogadores de atuar em pelo menos uma partida oficial. É importante ressaltar que esse número poderia ter sido ainda menor, não fosse o surgimento de cinco novos casos na última rodada da Série B, quando o acesso já estava assegurado.

É fundamental destacar que o levantamento excluiu os casos em que o clube optou por poupar atletas, mesmo que estes tivessem condições de jogo, visando evitar possíveis agravamentos em seus quadros clínicos. Essa prática demonstra uma abordagem cautelosa e preventiva por parte do departamento médico do clube.

Estabilidade e Redução de Desfalques: Resultados da Gestão de Saúde

Em 2023, o Santos disputou 62 partidas, registrando uma ocorrência de lesão a cada 1,5 jogo. Em 2024, foram 54 partidas, com uma lesão a cada 1,46 jogos, indicando uma relativa estabilidade nesse quesito. Contudo, o grande avanço do clube foi a redução de 44% no número de desfalques ao longo da temporada.

No ano anterior, o Santos acumulou 425 desfalques em 62 jogos, o que corresponde a uma média de 6,9 desfalques por partida. Já em 2024, foram 237 desfalques em 54 jogos, resultando em uma média de 4,4 desfalques por partida. Essa redução de 36% no número de desfalques por jogo é um indicativo da eficácia das medidas adotadas pelo clube para preservar a saúde de seus atletas.

As lesões de joelho e tornozelo foram as principais causas de ausências no elenco. Em 2023, os casos mais graves afastaram, em média, seis atletas por 43 partidas. Em 2024, foram quatro casos mais graves, com uma média de 36 jogos de ausência cada um.

Casos Críticos e o Impacto nos Resultados

O caso mais emblemático foi a lesão do lateral-esquerdo Kevyson, de 20 anos, que ficou afastado por 50 jogos devido a uma ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e lesão do menisco. O mesmo problema incapacitou o goleiro Rodrigo Falcão, de 19 anos, de se preparar para 43 partidas.

Outro momento crítico foi a lesão do goleiro titular, João Paulo, que não pôde jogar em 29 partidas após romper o tendão de Aquiles do tornozelo esquerdo. Essa lesão ocorreu durante uma partida contra o América-MG, em um lance controverso. Curiosamente, essa partida marcou o início de uma sequência de quatro derrotas consecutivas da equipe na Série B.

Antes da lesão de João Paulo , o Santos havia obtido cinco vitórias e uma derrota nos seis primeiros jogos da competição. Após as quatro derrotas, o time engatou uma sequência de dez jogos invicto, com seis vitórias e quatro empates, mostrando a importância do goleiro para a equipe.

Redução de Lesões Específicas e Continuidade do Trabalho

Houve uma redução no número de lesões na coxa, passando de 15 para 12, e no tornozelo, de sete para seis. Apesar do aumento de lesões no joelho, de seis para sete, o impacto geral foi menor, com uma redução de 203 para 123 desfalques em jogos, devido a um número menor de casos gravíssimos (três cirurgias em 2024 contra quatro em 2023).

As informações utilizadas nesta análise foram coletadas pela equipe do Espião Estatístico, em conjunto com os setoristas do ge, através do acompanhamento diário do clube. O período analisado compreende de 1º de janeiro de 2024 até a data de publicação desta matéria. Todas as ausências por motivos clínicos foram consideradas, com exceção dos jogadores poupados e com desgaste físico.