Rollheiser: O Dilema Tático do Santos Entre Talento e Artilharia

A Integração de Rollheiser e o Desafio Tático no Santos

A chegada de Benjamín Rollheiser ao Santos, a mais expressiva aquisição do clube na última janela de transferências, tem gerado expectativas e, consequentemente, um interessante quebra-cabeça para o técnico Pedro Caixinha. O desempenho promissor do meio-campista nos treinos diários tem colocado em xeque a formação que encerrou o Campeonato Paulista.

A comissão técnica, demonstrando prudência inicial devido à falta de ritmo de jogo de Rollheiser no Benfica, observou atentamente sua performance. No amistoso contra o Coritiba, Rollheiser teve a oportunidade de iniciar como titular, atuando por 65 minutos, o que indica uma progressiva adaptação e preparação para os desafios que virão.

A expectativa é que Rollheiser esteja em plena condição física e técnica para a estreia no Campeonato Brasileiro, agendada para o dia 30, contra o Vasco. Sua versatilidade em campo abre um leque de possibilidades táticas para Caixinha.

Foto: (Reprodução)

Onde Rollheiser se Encaixa no Esquema Tático?

Rollheiser demonstra aptidão para atuar tanto aberto pela direita quanto centralizado, exercendo a função de camisa 10. Sua capacidade de flutuação e o apurado senso de armação, aliados a um potente chute de fora da área, o credenciam a ser uma peça fundamental no esquema santista.

A interrogação reside em quem cederá espaço para a entrada do argentino. Guilherme, artilheiro da equipe na temporada com 10 gols, é um dos nomes cogitados, apesar de ter apresentado um desempenho abaixo do esperado na reta final do Paulistão.

Contudo, caso Caixinha priorize a manutenção do poderio ofensivo, Soteldo pode se tornar o principal candidato a deixar o time. Neymar, ainda em recuperação de uma lesão na coxa, e Tiquinho Soares são considerados peças-chave e, portanto, menos propensos a perderem suas posições.

O Alto Investimento em Rollheiser

O Santos não hesitou em investir 11 milhões de euros (equivalentes a R$ 65 milhões na época) para assegurar a contratação de Rollheiser junto ao Benfica, superando a concorrência do Botafogo. O contrato do jogador com o Peixe se estende até o final de 2028, demonstrando a confiança da diretoria no potencial do atleta.

A formação que disputou a semifinal do Paulistão, e que agora pode sofrer alterações, foi composta por: Gabriel Brazão; JP Chermont, Zé Ivaldo, Gil e Escobar; João Schmidt, Gabriel Bontempo e Neymar; Soteldo, Guilherme e Tiquinho Soares. O time foi eliminado pelo Corinthians na semifinal do torneio.

A decisão de Caixinha sobre a escalação de Rollheiser não é trivial. Envolve equilibrar o investimento feito no jogador, o desempenho dos atletas que já integravam o elenco e a necessidade de montar um time competitivo para o Campeonato Brasileiro. A resposta a essa equação definirá o futuro do Santos na temporada.