Santos: Receitas milionárias, mas caixa no vermelho

O Santos em apuros: Receitas milionárias, mas caixa no vermelho

O Santos Futebol Clube, apesar de ter arrecadado mais de R$ 200 milhões em vendas de jogadores em 2024, enfrenta um cenário financeiro desafiador. A realidade é que esse valor não está disponível de imediato para a diretoria do Peixe. As vendas foram parceladas, e o dinheiro só chegará aos cofres do clube gradualmente, até 2026.

Para lidar com a urgência de suas necessidades financeiras, o Santos se viu obrigado a recorrer a empréstimos. O clube já antecipou quase R$ 40 milhões de receitas futuras com o banco Daycoval, e recentemente, realizou outra operação de antecipação, no valor de R$ 18 milhões, de parcelas referentes a quatro vendas de jogadores.

Os jogadores cujas vendas resultaram nessa antecipação foram: Jean Lucas, vendido ao Bahia por 4,5 milhões de euros (R$ 24 milhões, à época) em três parcelas; Lucas Pires, vendido ao Burnley, da Inglaterra, por 2,2 milhões de euros (R$ 15 milhões) em duas parcelas; John, vendido ao Botafogo por 1,2 milhão de dólares (cerca de R$ 7 milhões) em três parcelas; e Gabriel Pirani, vendido ao DC United por 1,3 milhão de dólares (cerca de R$ 7 milhões) em duas parcelas.

Empréstimos: Solução temporária, mas com custos altos

A antecipação de R$ 18 milhões tem um custo alto para o Santos . O clube pagará um total de R$ 20,8 milhões, o que significa um desconto de R$ 2,8 milhões para o banco, a título de juros e encargos.

O banco Daycoval utiliza os recebíveis do Santos da Federação Paulista de Futebol como garantia para o empréstimo. Os valores antecipados são descontados à medida que o Peixe recebe os pagamentos das vendas dos jogadores.

A situação financeira do Santos é preocupante, e a necessidade de recorrer a empréstimos para cobrir despesas demonstra a fragilidade do clube.

A voz do diretor financeiro: A realidade do Santos

O diretor financeiro do Santos , Norberto Gonçalves, expressou sua preocupação com a situação financeira do clube: "Assim é o nosso dia a dia, nos desdobrando e criando alternativas com muita criatividade, aguardando ansiosos que não atrasem o depósito de nossas receitas, pagando tudo que é devido, priorizando salários, tributos e acordos judiciais e extrajudiciais, além de parceiros e fornecedores."

O Santos enfrenta uma série de desafios que o levaram a essa situação de fragilidade financeira. A necessidade de antecipação de receitas demonstra a necessidade de uma gestão financeira mais eficiente e sustentável para garantir a saúde do clube.

A diretoria do Santos precisa agir com cautela e responsabilidade para superar essa crise e garantir um futuro mais promissor para o clube.

É fundamental que o clube encontre soluções eficazes para seus problemas financeiros, para que possa se dedicar plenamente ao desenvolvimento do futebol, sem comprometer sua estrutura e sua história.